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Define-se como ausênca de resposta, uma ausência de melhoria de pelo menos 50% dos índices de gravidade da doença durante um período de 3 meses.
São fármacos sistémicos convencionais: corticosteróide sistémico, ciclosporina, metotrexato, azatioprina e micofenolato de mofetil (últimos 3 fármacos em uso off-label)
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Os agentes biotecnológicos devem ser preferidos nas seguintes condições:
- Presença de comorbilidades atópicas (asma e rinossinusite crónica com polipose nasal).
- Prurigo nodular.
- Alto risco de exposição à tuberculose (TB) ou de toxicidade para os fármacos tuberculostáticos.
- Comorbilidades subjacentes que condicionem predisposição a infeções.
- Insuficiência renal ou hepática moderada a grave.
- Risco aumentado de fenómenos tromboembólicos (antecedentes pessoais de eventos tromboembólicos, obesidade e/ou idade avançada).
- Má adesão a terapêuticas orais.
*Gravidez: Na literatura existem relatos de caso documentados não demonstrando aumento do risco de teratogenicidade ou complicações fetais. Assim sendo, o uso destes fármacos na gravidez deve ser ponderado se o potencial benefício justificar o possível risco teratogénico, após decisão partilhada com a doente, recomendando-se a recolha de consentimento informado dada a sua natureza off-label
Os inibidores das janus kinase devem ser preferidos nas seguintes situações:
- Urgência na resposta clínica (doente eritrodérmico, prurido incapacitante)
- Preferência pela administração por via oral
- Antecedentes pessoais de inflamação ocular (conjuntivite ou queratite) recorrente ou moderada a grave.
- Presença ou história familiar de comorbilidades imunomediadas crónicas como a alopécia areata, a artrite psoriática, o vitiligo ou a artrite reumatóide.
*Tratamento com inibidores da JAK não deve ser iniciado em doentes com contagem absoluta de linfócitos inferior a 500/mm3, contagem absoluta de neutrófilos inferior a 1000/mm3 ou Hb < 8g/dL. Adicionalmente, o fármaco não deve ser iniciado na presença de doença hepática grave (Child-Pugh C) ou doença renal crónica com taxa de filtração glomerular (TFG) <30mL/min. Perante TFG 30-60 mL/min, deve ser efetuada redução de dose de baricitinib para 2 mg/dia. Contra-indicados na gravidez e obrigam a contraceção. Ponderar se doente tem indicação para vacina que previna reativação de herpes zoster - saber mais aqui.
Ver aqui recomendações nacionais, que incluem utilização em populações especiais.
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Fármacos sistémicos convencionais: corticosteróide sistémico, ciclosporina, metotrexato, azatioprina e micofenolato de mofetil (últimos 3 fármacos em uso off-label).
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Opções de tratamento
Tratamento sistémico on-label:
- Ciclosporina:
- dose inicial 4-5mg/kg/dia
- evitar utilização prolongada (<2 anos), dado risco de nefrotoxicidade (importante excluir compromisso renal prévio)
- ponderar redução de dose após controlo da dermatose - desmame 0.5-1mg/kg/dia a cada 2 semanas
- medir pressão arterial e pedir hemograma, função renal e marcadores de citocolestase (AST, ALT, FA, GGT) aquando do início do tratamento, 4 semanas depois, e depois trimestralmente.
-Corticoterapia oral:
- ponderar curto ciclo de corticoide oral (1 semana) para controlo de exacerbações de dermite atópica
- dose máxima não deve exceder 0.5-1mg/kg/dia de prednisolona ou equivalente
Pode ser ainda considerado tratamento off label com Azatioprina, MTX ou MMF. Ver mais informação aqui.
Tratamento tópico:
- Corticoide tópico:
- aplicar corticoides moderados/potentes (ex. mometasona, betametasona), 1-2x dia, até melhoria das lesões e do prurido;
- fazer desmame diminuindo número de aplicações e potência do corticoide
- ponderar terapêutica proativa (1-2 vezes por semana) nos locais de lesões crónicas/recidivantes
- na face, região genital e mamária, só devem ser utilizados corticoides de baixa potência (ex. hidrocortisona)
- Inibidores da calcineurina (tacrolimus, pimecrolimus):
- podem ser utilizados como alternativa aos corticoides de baixa potência nas lesões em locais de pele sensível
- aplicar 1x por dia nas lesões, até melhora do quadro
- explicar ao doente que podem inicialmente agravar a dermatose e causar ardor
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Tríade atópica: rinite alérgica, asma, dermite atópica (DA)
Outras doenças associadas a dermite atópica:
- queratose pilar
- ictiose vulgar
- conjuntivite recorrente
- pitiriase alba
Alguns triggers conhecidos:
- Clima: extremos de temperatura, baixa humidade
- Irritantes: detergentes, solventes
- Infeções: cutâneas (ex. Staphylococcus aureus, molluscum contagiosum) ou sistémicas (ex. infecção respiratória superior)
- Alergénios ambientais: ácaros, pó
- Alergénios alimentares*: ovo > leite; frutos secos
* Positividade testes IgE não significa necessariamente alergia alimentar e alergia alimentar não causa DA (pode exacerbar alguns quadros, mas isto apenas ocorre numa minoria de doentes).